
Conheça um pouco da História deste fruto irresistível chamado Clementina
Na Frutas do Cavado pode adquirir este fruto delicioso com a melhor qualidade e frescura.
Todos sabemos que uma das características de todos os frutos é possuírem sementes, de maior ou menor tamanho, em maior ou menor quantidade. Ou, dito de outra maneira, todos os vegetais que possuam sementes são frutos. Certo? Errado, ao que parece. As clementinas, esses citrinos com um aroma e sabor requintados, desmentem esta regra, pois não possuem sementes (embora certas variedades possam apresentar algumas) e são frutos, sem sombra de dúvidas.
Mas então…? Para tudo (ou quase tudo) existe uma explicação e neste caso essa explicação chama-se hibridação, que mais não é do que a produção de híbridos resultantes do cruzamento de espécies distintas. No caso das clementinas, essa hibridação foi feita através do cruzamento da tangerina e da laranja amarga.
Um pouco de história
A história mais comum para o surgimento das clementinas diz que foi o frade francês Marie-Clément Rodier, responsável pelos pomares do orfanato Péres du Saint-Esprit, em Misserghin, uma pequena localidade perto de Oran, na Argélia, quem “inventou” este fruto no final do século XIX.
O frade reparou um dia na presença de uma árvore de citrinos diferente das demais existentes no terreno e cujos frutos tinham a particularidade de serem amargos. Tratava-se da variedade amarga da laranjeira do tipo Granito. Curioso e interessado, decidiu então dedicar algum do seu tempo livre a realizar diversas enxertaduras, nomeadamente com tangerineiras. Os seus esforços acabaram por ser recompensados ao obter um fruto doce, de agradável sabor e sem sementes, que começou por ser designado como “tangerina do Irmão Clément”. Mais tarde, a pedido do botânico e médico francês Louis Charles Trabut, que realizou a primeira descrição científica do fruto, a Sociedade Argelina de Horticultura atribuiu-lhe o nome de clementina.
Uma outra corrente na comunidade científica expressou dúvidas em relação a esta história, argumentando que as clementinas terão tido origem na Ásia, muito provavelmente na China. No entanto, seja qual for a sua proveniência, o certo é que este pequeno citrino conquistou o paladar de milhões de pessoas em todo o mundo.
Apresentando-se em diversas variedades (Fina, Clemenules, Marisol, Hernandina…) é um fruto apreciador de climas temperados e cultivado em vários países espalhados pelo globo, como Marrocos, Espanha, Tunísia, Argélia, Turquia, China e EUA, entre outros. Também o Algarve produz clementinas de excelente qualidade.
“A excelente combinação de fibra dietética e de potássio que a clementina possui é altamente eficaz na redução do peso e em dietas de purificação.”
COMPOSIÇÃO
A clementina pertence ao grupo dos frutos e derivados. Cada 100 gramas (de parte edível) representam 40 mg de vitamina C, entre outros componentes, a saber:
> Energia: 48 kcal
> Água: 85,6 g
> Proteína: 0,8 g
> Gordura: 0,2 g
> Hidratos de carbono: 11,1 g
> Fibra alimentar: 1,7 g
> Vitamina A: 12 ug
> Caroteno: 75 mg
> Vitamina C: 40 mg
> Potássio: 160 mg
> Cálcio: 29 mg
> Fósforo: 17 mg
> Magnésio: 11 mg
Fonte: Tabela de composição dos alimentos portugueses (Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge)
Pequena em tamanho, grande em qualidades
Fruto oval, com casca lisa e de cor laranja brilhante, tem um sabor doce e acidulado, e embora os valores variem consoante a espécie, é pobre em calorias e uma boa fonte de vitamina C, água, caroteno, potássio, fibra e cálcio. A casca também é rica em nutrientes, podendo ser cristalizada ou usada para fazer doces e geleias. Descasca-se facilmente e o mesmo acontece com a separação dos seus gomos, que podem ir de oito a 14, conforme o tamanho.
Sendo um alimento catabólico (que faz emagrecer), as clementinas contêm as chamadas “calorias negativas” que ajudam a queimar gordura corporal. A excelente combinação de fibra dietética e de potássio que a clementina possui é altamente eficaz na redução do peso e em dietas de purificação. A fibra absorve água e toxinas no estômago e nos intestinos, estimulando a digestão; o potássio ajuda a eliminar o excesso de água e evita a sua retenção, uma das causas para o aumento de peso.
Ricas em antioxidantes, as clementinas são um grande aliado contra a gripe sazonal e outras doenças virais. Os seus compostos ativos tornam-nas eficazes no tratamento de alergias, pois inibem a libertação de histamina. Estes pequenos citrinos incrementam a atividade mental, ajudam no alívio do stresse e da ansiedade, melhoram a acuidade visual, cuidam bem da saúde da pele e também são usados com sucesso no tratamento de erupções. Além disso, impedem a formação de coágulos na corrente sanguínea e baixam os níveis do mau colesterol, contribuindo para uma melhor saúde a nível cardiovascular.
Tendo como maiores qualidades a pobreza de calorias e a abundância de vitaminas e minerais, as clementinas são, por isso, verdadeiras pílulas naturais de saúde e fornecem energia suficiente para fortalecer o corpo, sobretudo durante o inverno. Por tudo isto, não hesite em incluir clementinas na sua dieta, e saboreie ainda uma combinação única entre a textura suave da tangerina e o sabor intenso da laranja.
PROBLEMAS COM ABELHAS
Embora as clementinas não possuam sementes, perdem essa característica tão peculiar num fruto quando são polinizadas pelas abelhas com o pólen de outro fruto cítrico. O problema desta polinização cruzada foi o mote para a Paramount Citrus, uma empresa californiana dedicada ao cultivo de clementinas, processar juridicamente os apicultores locais devido ao facto de as suas abelhas atravessarem os terrenos até aos seus pomares e polinizarem os frutos, que passaram a ter sementes.