Castanha do Douro
Castanha do Douro
O Douro não é famoso só pelo seu vinho do Porto mas também pela sua castanha. Este é um alimento que lhe dá muita energia e poucas calorias.
Sabia que as castanhas, que atualmente são quase um pitéu, tiveram, noutros tempos, uma enorme importância na dieta dos portugueses? No século XVII, eram mesmo um dos produtos básicos da alimentação dos beirões e transmontanos, chegando, se necessário, a substituir o pão ou as batatas.
A castanha é usada na alimentação desde tempos pré-históricos e a respetiva árvore – Castanea sativa foi introduzida na Europa há cerca de três mil anos.
A castanha que comemos é, de facto, uma semente que surge no interior de um ouriço (o fruto do castanheiro). Mas, embora seja uma semente como as nozes, tem muito menos gordura e muito mais amido (um hidrato de carbono), o que lhe dá outras possibilidades de uso na alimentação. As castanhas têm mesmo cerca do dobro da percentagem de amido das batatas. São também ricas em vitaminas C e B6 e uma boa fonte potássio.
As castanhas são comidas assadas ou cozidas com erva-doce. Mas, antes de cozinhadas, deve-se retalhar a casca. Têm bastante água e, quando são aquecidas, essa água passa a vapor. A pressão do vapor vai aumentando e “empurrando” a casca e, se esta não tiver levado um golpe, a castanha pode explodir.
A castanha tem aplicações na medicina. As folhas, a casca, as flores e o fruto têm sido utilizados devido às suas propriedades curativas e profiláticas, adstringentes, sedativas, tónicas, vitamínicas, remineralizantes e estomáquicas.
Pelo seu valor nutritivo e energético, era utilizada outrora em vários estados de mal-estar e doença. É também tónica, estimulante cerebral e sexual, anti-anémica (castanha crua), anticéptica e revitalizante. Para afinar as cordas vocais e debelar a faringite e a tosse nada melhor do que gargarejos com infusão de folhas de castanheiro ou de ouriços.
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